Vasculhando sótãos...
Marketing e publicidade no ramo automóvel

Confesso que sempre me fez confusão ir a um Salão Automóvel e ter que levar com aquelas gajas todas boas em cima dos capots dos carros. É que a malta nem pode ver a viatura como deve ser. Elas parecem lapas e não desgrudam. E nós, pobrezinhas, lá temos que andar a fazer desvios para ver aquilo que realmente nos interessa e o que na realidade está à venda. Agora...é que não sei se estarei a meter água. Se calhar as Barbies vêm incluídas. Às tantas, aquela paixão do sexo masculino por estas esposições...pois...és mesmo parva, Robina. Bom, mas isto agora também não interessa nada. Onde é que eu ia? Ah, sim, pois, estava a desviar-me das lapas. Uma vez desviada, tem este post a finalidade de ajudar os concessionários que aqui vêm, a inovar. Se querem pôr gajas a mostrar a coxa é lá com vocês mas, pelo menos ponham-nas em local adequado, de forma a que não estorvem os potenciais compradores.

de Robina (27/01/005)
O Sótão
Estava num sótão, velho e bolorento. Uma aranha passeava-se a um canto, procurando o sítio ideal para tecer a sua teia. Começou o seu trabalho, e num ápice a teia estava pronta.
E eu observava.
Uma mosca entrou, por uma abertura na madeira velha e podre do sótão, velho e bolorento. Sem saber o destino que a esperava. A aranha observava, sem mover uma pata, no seu canto do sótão, velho e bolorento. A mosca estava feliz, esvoaçava por ali, sem saber o seu destino, no sótão, velho e bolorento. Aproximava-se da teia, a aranha esperava. Tinha tempo, muito tempo, durante a sua curta existência o instinto de sobrevivência dizia-lhe que tinha que esperar, no sótão, velho e bolorento. Sentia a presença da mosca que esvoaçava, mas não se podia mexer. A mosca viu a teia, no canto do sótão, velho e bolorento. Que atracção, que atracção, que seria aquilo que a atraía tanto, no canto do sótão velho e bolorento em que acabara de entrar sem saber muito bem porquê.
E eu observava.
Aproximou-se mais, e mais, e mais, era irresistível, algo lhe dizia para se afastar, mas não conseguia. Era a magia do sótão, velho e bolorento. A aranha esperava, paciente no seu canto. A mosca aproximou-se mais, tarde demais, estava presa, não podia fugir. A aranha aproximou-se, devagar, sem pressa, já não havia pressa, a espera tinha valido a pena, naquele sótão, velho e bolorento.
Deixei de observar.
Mas fiquei ali sentada, no sótão, velho e bolorento. À espera.
de Mushu (28/01/2005)

Confesso que sempre me fez confusão ir a um Salão Automóvel e ter que levar com aquelas gajas todas boas em cima dos capots dos carros. É que a malta nem pode ver a viatura como deve ser. Elas parecem lapas e não desgrudam. E nós, pobrezinhas, lá temos que andar a fazer desvios para ver aquilo que realmente nos interessa e o que na realidade está à venda. Agora...é que não sei se estarei a meter água. Se calhar as Barbies vêm incluídas. Às tantas, aquela paixão do sexo masculino por estas esposições...pois...és mesmo parva, Robina. Bom, mas isto agora também não interessa nada. Onde é que eu ia? Ah, sim, pois, estava a desviar-me das lapas. Uma vez desviada, tem este post a finalidade de ajudar os concessionários que aqui vêm, a inovar. Se querem pôr gajas a mostrar a coxa é lá com vocês mas, pelo menos ponham-nas em local adequado, de forma a que não estorvem os potenciais compradores.

de Robina (27/01/005)
O Sótão

E eu observava.
Uma mosca entrou, por uma abertura na madeira velha e podre do sótão, velho e bolorento. Sem saber o destino que a esperava. A aranha observava, sem mover uma pata, no seu canto do sótão, velho e bolorento. A mosca estava feliz, esvoaçava por ali, sem saber o seu destino, no sótão, velho e bolorento. Aproximava-se da teia, a aranha esperava. Tinha tempo, muito tempo, durante a sua curta existência o instinto de sobrevivência dizia-lhe que tinha que esperar, no sótão, velho e bolorento. Sentia a presença da mosca que esvoaçava, mas não se podia mexer. A mosca viu a teia, no canto do sótão, velho e bolorento. Que atracção, que atracção, que seria aquilo que a atraía tanto, no canto do sótão velho e bolorento em que acabara de entrar sem saber muito bem porquê.
E eu observava.
Aproximou-se mais, e mais, e mais, era irresistível, algo lhe dizia para se afastar, mas não conseguia. Era a magia do sótão, velho e bolorento. A aranha esperava, paciente no seu canto. A mosca aproximou-se mais, tarde demais, estava presa, não podia fugir. A aranha aproximou-se, devagar, sem pressa, já não havia pressa, a espera tinha valido a pena, naquele sótão, velho e bolorento.
Deixei de observar.
Mas fiquei ali sentada, no sótão, velho e bolorento. À espera.
de Mushu (28/01/2005)
6 Comments:
Já nem me lembrava disso. Obrigada por mo relembrares ;-)
Olá, Fatyly!
É essa a famosa "estratégia da aranha".
Paciência.
Penso eu de que...
Beijinhos
Deixa lá as babies sossegadinhas a ganharem o seu!
Eu sei que estes textos não são teus.
Escusas de mo lembrar...eh eh.
Obrigado pelo teu comentário ao meu post sobre os últimos dias de vida da minha mãe.
Beijinhos
Robina e António ************
Não dou nenhuma importância a carros, pelo que nunca fui a uma exposição de automóveis... mas IRRITA-ME que usem as mulheres para vender seja o que for!!!
Quanto às aranhas... eu tenho uma de estimação na arrecadação! :-)
também não ligo nenhuma a carros e realmente a mulher serve para todo o tipo de vendas.
As aranhas nunca me fizeram impressão nem as tarantulas da minha terra.
Beijocas e obrigado
Enviar um comentário
<< Home