Câmara Municipal de Lisboa
Hoje foi dia de eleições para o presidente da Câmara Municipal de Lisboa. A abstenção foi arrasadora (62,4%)o que me deixou bastante preocupada.
Fiz a minha leitura das várias razões (in)justificáveis para tal:
- Por ignorância
(de facto, os meandros da política, os princípios (nunca cumpridos) que regem os partidos políticos, os próprios políticos, os debates paupérrimos e numa linguagem nada acessível, folhetos que não servem para nada, livros que poderiam ser distribuídos gratuitamente, levam a que a maioria do povo fique na ignorância total e sobretudo que não se interesse por nada)
- Por não saber em quem votar
(um dilema que poderia ser colmatado com um voto em branco, não beneficiando desta forma o percentual que cada partido obteve nomeadamente o vencedor)
- Que não indo votar seria a forma de mostrar ao governo um "cartão vermelho"
(o maior e mais grave erro originando o que falei no ponto anterior)
- Porque simplesmente não lhes apeteceu sair de casa ficando no seu comodismo.
(ainda mais grave, porque o voto é um dever cívico e como tal deveria ser cumprido. Há países democráticos em que o voto é obrigatório e quem não votar desde que não justifique incorre no pagamento de multas e perca de regalias).
Posto isto acho que afinal os lisboetas gostam de quem os governa e que não estão tão mal como dizem. Mesmo assim...dou o benefício da dúvida.
NÃO VOTAR É O TOLDO QUE ENSOMBRA A DEMOCRACIA
Não sendo formada e percebendo pouco de política, mas atenta ao que se passa em Portugal, pergunto:
1- Estou certa ou errada?
2- Pelos resultados obtidos o PS-António Costa com os seus 29,4% vai ter a vida facilitada aplicando a velha lengalenga: não se fez isto e aquilo devido à oposição e também porque a Assembleia é PSD-dividido ou será mais uma trapalhada do caraças?
Gritam agora que obtiveram a "maior vitória", facilitada pelo absentismo, mas pelo sorriso amarelo de António Costa li que foi a sua maior derrota, porque pensava obter um ovo de avestruz e saiu-lhe um ovo de codorniz.
Fiz a minha leitura das várias razões (in)justificáveis para tal:
- Por ignorância
(de facto, os meandros da política, os princípios (nunca cumpridos) que regem os partidos políticos, os próprios políticos, os debates paupérrimos e numa linguagem nada acessível, folhetos que não servem para nada, livros que poderiam ser distribuídos gratuitamente, levam a que a maioria do povo fique na ignorância total e sobretudo que não se interesse por nada)
- Por não saber em quem votar
(um dilema que poderia ser colmatado com um voto em branco, não beneficiando desta forma o percentual que cada partido obteve nomeadamente o vencedor)
- Que não indo votar seria a forma de mostrar ao governo um "cartão vermelho"
(o maior e mais grave erro originando o que falei no ponto anterior)
- Porque simplesmente não lhes apeteceu sair de casa ficando no seu comodismo.
(ainda mais grave, porque o voto é um dever cívico e como tal deveria ser cumprido. Há países democráticos em que o voto é obrigatório e quem não votar desde que não justifique incorre no pagamento de multas e perca de regalias).
Posto isto acho que afinal os lisboetas gostam de quem os governa e que não estão tão mal como dizem. Mesmo assim...dou o benefício da dúvida.
NÃO VOTAR É O TOLDO QUE ENSOMBRA A DEMOCRACIA
Não sendo formada e percebendo pouco de política, mas atenta ao que se passa em Portugal, pergunto:
1- Estou certa ou errada?
2- Pelos resultados obtidos o PS-António Costa com os seus 29,4% vai ter a vida facilitada aplicando a velha lengalenga: não se fez isto e aquilo devido à oposição e também porque a Assembleia é PSD-dividido ou será mais uma trapalhada do caraças?
Gritam agora que obtiveram a "maior vitória", facilitada pelo absentismo, mas pelo sorriso amarelo de António Costa li que foi a sua maior derrota, porque pensava obter um ovo de avestruz e saiu-lhe um ovo de codorniz.
de Fatyly às 21:06
12 Comments:
Os partidos são precisos, mas estes estão esgotados.
Não são apelativos... e as pessoas não votam fora daqueles que ciclicamente habitam o Poder.... e para isso não tenho explicação.
Eu como voto sempre fora dos partidos tradicionais, não me espanta este desapego.
Andas a imitar-me? :)
mfc
sinto o mesmo e também voto sempre fora dos partidos tradicionais.
Sim talvez a bastenção venha dessa forma de pensar sobre o não votar.
migvic
imitar-te?
Fatyly, não voto em Lisboa mas se votasse ia lá e riscava tudo no papel.
Estou desiludida com os partidos.
Beijocas*
Partilho da desilusão geral. Acho que a democracia deve renascer, sob pena de outras vozes se levantarem.
Já Curchill dizia que "a democracia é a pior forma de governo, se exceptuarmos todas as outras que já foram experimentadas", e isso continua a ser verdade. Pena é que os partidos e os políticos que nos governam cometam constantes atentados à génese da democracia.
Em Lisboa (e eu não voto em Lisboa), acho que ganhou, mais uma vez, a descrença no status quo.
Carla
É muito natural que as abstenções tenham tendencia a aumentar, é que a politica é tão tão tão suja, que as pessoas não querem fazer parte dela !
Beijo
Compreende-se a crescente abstenção dada a desilusão das pessoas perante as politiquices e os políticos que por aí campeiam.
Mais uma vez visível na própria noite das eleições com as televisões a mostrarem, em directo, pessoal arrebanhado pelo partido vencedor, em Cabeceiras de Basto ou no Alandroal, para fazerem monte na festa da vitória.No entanto também penso que a melhor atitude perante este estado de coisas não é encolher os ombros, não ir votar, ou mesmo anular o voto.
As pessoas minimamente conscientes devem continuar a ir cumprir esse dever (que também acho que deveria ser obrigatório).
Passei anos de mais sem poder votar, para agora desperdiçar esse direito.
Por outro lado, quem não vota, ou quem não se pronuncia, também toma uma posição, quer queira quer não. É que pode-se concordar com políticas negativas, por acção ou por omissão.
Ouço por aí dizer: eu não tenho culpa, pois nem fui votar.
Mas é claro que, por isso mesmo, tem culpa, pois deixou que a vontade de outros (pelos vistos antagónica da sua) vingasse.
Por isso, estou como tu e como o Manel. Voto em partidos "não tradicionais", pois detesto bi ou tripolarizações. Quanto mais não for, para votar "contra"!
wind
mas ias cumprir o dever cívico
Carla
tens razão porque são de facto atentados à génese da democracia
toze
é de facto suja, muito suja mas a abstenção deveria ser ZERO e substituída por votos em branco ou nulos o mesmo indicador "de quem não quer fazer parte dela".
peciscas
tal e qual sem tirar nenhum ponto.
O povo quando é que aprende que o facto de não ir votar dá mais força a quem não merece? Caramba um direito obtido é assim deitado borda fora?
Beijos
Mas também se estão a esquecer que imensa gente que está de férias fora de Lisboa e que não as vai estragar, porque só agora os partidos resolveram tratar da Cidade.
Claro, fora dos partidos tradicionais, se não for necessário um voto útil.
Uma abstenção de 62% significa que os lisboetas, consideram ter coisas mais importantes a fazer e que o presidente, fosse qual fosse, seria igual ao quadrado.
Invés de festejos, os PS e os outros Partidos deveriam ponderar sobre os que leva os portugueses a virarem as costas à Politica.
marta
claro que sim, mas...os de férias, doentes e até os mortos que ainda constam nas listas, desconto 20% e o resto????
O voto deveria ser obrigatório e não presente...devidamente justificado.
francis
concordo, mas mesmo de costas voltadas com a politica, deverá cumprir o dever cívico "votar" em branco para não dar os valores que deram e aí sim teriam o real peso do descontentamento.
Já ouvi as mais diversas explicações, cada um puxando a brasa á sua sardinha.
Beijoca
alguém tem de fazer política e nem todos os políticos são maus, felizmente são diferentes e podemos, pelo menos com os votos, manifestar as nossas preferências. Aos que se queixam muito dos políticos q têm tv fosse melhor disporem-se a trabalhar também, para a política e melhorá-la.
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