Moção de Censura

Nos países que adoptam o sistema parlamentarista de governo, a moção de censura (ou moção de desconfiança) é uma proposta parlamentar apresentada pela oposição com o propósito de derrotar ou constranger o governo. A moção é aprovada ou rejeitada por meio de votação (voto de censura ou voto de desconfiança).(Wikipédia)

Começo por vos dizer que nunca fui ao parlamento ouvir um debate. Mas para poder criticar o quer que seja, preciso ver e ouvir.
Hoje estive durante três horas a ouvir pela TV, o debate sobre a Moção de
Censura - Bloco de Esquerda contesta ratificação parlamentar ao Tratado de Lisboa.

Como seria óbvio foi rejeitada.

Não sei o que consta no Tratado de Lisboa e cozinhado por cozinhado, na minha opinião não deveria haver referendo porque lá iriam mais uns milhões de euros em campanhas de promessas nunca cumpridas e sobretudo pouco elucidativas, onde a abstenção bateria o recorde.
Pelo que tenho lido, a questão seria apenas "ractificado pelo parlamento ou por referendo"? Mas referendado seria "sim ou não" ao Tratado? Mas afinal quais são as rectificações?

Posto isto...

Público? uma meia dúzia de pessoas.

Foram três horas de um ataque serrado à governação de Sócrates que subscrevi e até apelidado por "Sócrates-o quebra promessas" mas do Tratado de Lisboa pouco falaram, e afinal qual foi a utilidade de toda aquela palhaçada?
O Tratado de Lisboa com os 27 estados membros da UE trata apenas a porcaria que impera na governação que temos tido? ou deveriam falar da ligação da mesma ao tratado?

NÃO PERCEBI NADA!

No entanto constactei o seguinte:

Imaginem uma sala de aula bem problemática, onde o professor enquanto fala da matéria, atende-se o telemóvel, levantam-se, viram-se para trás, riem-se, dizem-se segredos, lê-se papéis, apupam, de costas voltadas falam à gargalhada, saem e entram da sala e incrível...até adormecem, num desrespeito total.

Jaime Gama apagadissimo e mal se percebia...tem a palavra o Sr. deputado X. Sr.deputado termine o discurso...
Depois imensas cadeiras vazias, possivelmente ficaram em casa com gripe, foram fumar ou fazer xixi.
Havia alguns deputados com a maior postura (primaram os novos e dois velhos bem conhecidos), atentos ao discurso, mas a maioria com uma postura deprimente e até insultuosa. Não sei se é sempre assim mas fiquei com um testemunho pouco educativo.
Em termos comportamentais, a minha nota seria "ZERO com expulsão", nomeadamente a Sócrates que segredava com o "cara de pinóquio" do seu lado direito. Teixeira dos Santos ao segredar a Sócrates quase se deitou sobre as costas de Luís Amado e este por sua vez passou o tempo todo a bater com a caneta no tampo - que sorte ser de marca porque se fosse a minha bic tinha-se desfeito em mil pedaços - de cotovelo no dito e com a cara apoiada na mão. Uma pose enfastiada de quem está ali por estar, já que na cauda da Europa ninguém nos vê.

Depois veio a cereja em cima do bolo: A VOTAÇÃO.

Reparei que todos os lugares estavam ocupados e alguns fizeram-no a correr - afinal onde estiveram durante as três horas?
Jaime Gama explicou como proceder com o cartão electrónico, mas então quem nos representa já não deveria saber? Na volta ainda estão a frequentar "as novas oportunidades".
O certo é que o sistema electrónico não funcionou e depois de duas tentativas os dados estatísticos lá apareceram no placard, mas mesmo assim com erros e Jaime Gama completamente atordoado: os votos do CDS foram trocados com os PC.

Meus senhores e minhas senhoras afinal estive a ver uma peça teatral condizente com a governação deste país:

A Bela e o Monstro.

A Bela - é a sala que já visitei mas vazia.

O Monstro - todo aquele pessoal que mama à custa do povo português.