Prós e Contras, ontem à noite na RTP.
Fátima Campos Ferreira
Quem decide pelos mais pequenos?
O valor da criança!
A família!
Os afectos!
O veredicto do tribunal e as opiniões dos especialistas de saúde.
Quem decide pelas crianças?
Quem decide pela pequena Esmeralda?
Convidados: Maria Barroso, Eduardo Sá, António Martins, Carla Oliveira e ainda Rosário Carneiro, Leonor Beleza e um conjunto de especialistas da sociedade portuguesa.
Vejo com muito agrado por ser um programa de interesse público e muito esclarecedor orientado por esta fabulosa mulher.
Mediante o que ouvi, uma vez mais volto a afirmar:
- a Justiça Portuguesa é lenta mas não tarda!
- não é benéfico o "partidarismo popular em praça pública" envolvendo ambas as partes intervenientes de qualquer processo. Uma manifestação pró ou contra deverá ser feita com pés e cabeça e não ao sabor do bombardeamento de um péssimo jornalismo.
- os "factos jurídicos" de qualquer processo ninguém sabe e ponho sempre reticências quando a imprensa escrita e falada afirma "fonte próxima...", que fonte?
- gostei muito deste debate "além cortinas" de quem decide pelo bem estar de qualquer criança deste país.
- como humanos também falham, mas o trabalho deverá ser no "ajuste de leis" em prol de uma sociedade mais segura, justa e humanizada.
- que é extremamente nocivo as idas em massa para a porta de um tribunal ou de qualquer organismo judicial, tipo cata-vento: numa primeira fase num apoio e solidariedade e pouco depois com vaias e nomes poucos dignos.
- que todos juntos deveremos unir esforços para que se componha o ramalhete, inteirarmos da essência problemática, denunciando nos locais certos o que de errado vemos e não entrarmos na bola de neve do diz-que-disse-mas-não-disse!
Obrigado por haver programas deste género, onde eu, com montões de defeitos poderei ajustar a minha leitura perante casos tão mediáticos e porque acredito em todos os que fazem parte do aparelho judicial
9 Comments:
A Senhora da Justiça tem uma venda nos olhos. É cega!
Basta olharmos à nossa volta, para nos questionarmos se ainda compensa ser honesto.
Então e a nova Lei? Não pune mas (mais importante que tudo) poupa dinheiro aos cofres do Estado.
Kiss, Kiss!
Justiça em Portugal não existe, quanto muito existe o cumprimento das leis o que não é necessariamente justiça.
Esta senhora, costuma fazer televisão de serviço público.
Não vi, mas concordo com o que escreveste.
beijocas*
Desta vez, não vou estar muito de acordo contigo.
Acho o programa, por vezes muito parcial, com muitos prós e poucos contras (como já alguem escreveu...).
Por outro lado, há aqui uma contradição: quem, mais do que a televisão, incluindo a RTP, contribui para a mediatização dos casos jurídicos e sua discussão na praça pública?
francis
é cega, surda e muda e acredita que vale a pena ser-se honesto.
Mudar algo neste país é sempre muito complicado. Lembro-me de várias que foi um sururu do caneco e hoje são eficazes. As alterações do código penal tem coisas benéficas mas também há lacunas bem graves, tal como quem foi julgado e condenado e que recorre da sentença, continua como preso preventivo o que origina o que nós sabemos. Mas infelizmente foi preciso entrar em vigor para se dar com o erro. Também te digo que há quem estivesse e esteja a aguardar julgamento há mais de um ano e que depois abrem-se os portões, põem o carimbo de inocente e como pedido de desculpas uma indemnização que faz levantar um morto. Mas disso a imprensa não fala...ou até os próprios, não sei!
migvic
Há justiça já que a mesma é um cumprimento de leis, mas reconheço que quando atingidos mortalmente por bárbaros à solta e não só "não há justiça que valha" para colmatar a dor, a revolta, a indignação, o medo que se vai diluindo ou aumentando na morosidade processual
As leis são feitas pelos homens e para melhorar, a sociedade civil deveria contribuir positivamente em todas as vertentes. Não com justiça popular onde muitas vezes paga o justo pelo pagador.
O voto é uma delas e para mim deveria ser obrigatório.
O que para mim é mais assustador é que estamos a entrar numa vasta onda sem precedentes de depressões e desalento e aí culpo a imprensa escrita e falada sem qualquer escrúpulos para além do aparelho governativo que dá poucas explicações, ou se as dá...poucos são os que percebem o quer que seja.
Noticia de ontem: 30 jovens semearam o pânico na Linha de Sintra. Bem, é de facto uma linha problemática (como problemático é o meu filho ser um excelente aluno, muito ajuízado, educadissimo mas todos juntos são uma cambada de macacos) onde ao longo de anos vi e vivi coisas que não te passa pela cabeça pelos bandos estudantis que entravam no Cacém e que até Sintra era sempre a haviar sem as tecnologias que hoje existem e que a tornou muito mais segura, embora ocorram casos esperodáquicos.
O que se passou afinal? uns garotões sem bilhete armados em espertos, aos berros "numa de bué fixe meu, somos os super-heróis enganámos a bófia" entraram e às tantas toca de dar à sola pelo corredor mal viram o revisor. Sairam e apanharam o seguinte e chegados à outra estação tinham uma data de policias à espera. Os poucos que escaparam pela linha, quando o comboio se pôs em andamento apedrejaram o mesmo.
Claro que é assustador um bando aos berros pelos corredores...mas nada fizeram aos passageiros que mantiveram a calma necessária.
Tal como há uns anos "a onda de 500 assaltantes que varreram a praia de carcavelos" e foram capa de jornais 3 jovens...pois é os mesmos processaram os jornais, pois não eram assaltantes mas que fugiam da bagunça que 15 provocaram com um autêntica pancadaria entre eles.
Sabia quem lá estava mal ouvi a noticia telefonei: aqui? mas tem calma houve ali qualquer cena de pancadaria mas está tudo sossegado.
Dei-te dois exemplos que mostra bem a dimensão corrosiva do exagero nefasto de quem faz jornalismo.
Beijos
Beijocas
Exercer cidadania é muito mais dificil do que o tão intrincado exercer da coscuvelhice...
Tenho sempre dificuldade em opinar sobre alguns casos da praça pública porque tenho sempre a sensação que só sei o que a imprensa quis mostrar. E não há jornalismo isento! Ou haverá... mas não no dia a dia de audiências e prasos apertados.
Também sou incapaz de dizer "em casos destes devia ser assim" - não há "casos destes", cada um é tão destinto do outro.
Mas temos leis, vivemos numa sociedade, é com elas que temos de trabalhar para o bem comum!
Wind
:)*
peciscas
Claro que respeito em absoluto as ideias que contrariam as minhas e podes estar completamente à vontade o que agradeço com toda a minha sinceridade.
"Acho o programa, por vezes muito parcial, com muitos prós e poucos contras (como já alguem escreveu...).
- sim, sim em muitos temas acontece isso.
"Por outro lado, há aqui uma contradição: quem, mais do que a televisão, incluindo a RTP, contribui para a mediatização dos casos jurídicos e sua discussão na praça pública?"
- sem sombra de dúvidas e subscrevo as tuas palavras porque sempre disse "imprensa escrita e falada", mas...fizeram um programa onde dão tempo a um debate entre quem está efectivamente dentro da problemática judicial. A discussão em praça pública é aceitável se for numa roda de amigos pois vão-se trocando ideias, mas irem 6/7/8 horas para ver um carro a sair de uma garagem, passeios ao domingo para botarem os olhos não sei bem em quê, um beijinho de forçaaaaaa e logo a seguir seu FP... etc, etc...devido a um jornalismo (des)informativo é que eu não concordo. Não condeno que assim proceda, mas acho de um atraso cultural bem triste.
Beijocas e obrigado:)
boop
Cada caso é um caso, mas em todos eles há familiares e amigos que sofrem horrores, por haver o que já referi e que defines tão bem quando dizes "Exercer cidadania é muito mais dificil do que o tão intrincado exercer da coscuvelhice..." é que batalho até à exaustão. Não me fico apenas aqui no blogue ou nos comentários que vou deixando...não têm conta os emails e cartas que envio para os orgãos governamentais e jornalísticos, expressando a minha opinião positiva ou negativa (sempre com educação e respeito) porque sou uma cidadã livre numa sociedade democrática.
E digo-te que em muitas assuntos obtive respostas e vi mudar muita coisa, porque como eu há milhares que o fazem também!
Falar é fácil...agir é muito mais dificil!
Beijocas
Obrigado por Blog intiresny
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