Um domingo em cheio!

Para hoje tinha agendado várias tarefas:
- comprar para a minha mãe o livro da Felicia Cabrita-Massacres em África.
- comprar elástico redondinho para a filha acabar o fato de "leão com penas" que fez para a minha neta mais velha que vai entrar numa peça teatral.
- arranjar uma caixa para levar o fato para o colégio
- dar apoio ao meu genro que ia fazer limpeza à garagem do pai, para ser entregue ao senhorio. Está num lar e infelizmente sem qualquer hipótese de retorno.
- ver a final de ténis no Katar.
- ver a final de sky fly na Alemanha.

Acordei cedo e como sempre bem disposta.
Resolvi ir à Fnac do Cascais Shoping. Convidei um casal meu vizinho que raramente saem porque estão completamente sózinhos. Sou eu que tomo conto da sua casa e das despesas inerentes da mesma, quando se ausentam para irem ter com os filhos a um país tão distante. Mais cedo ou mais tarde ficarão por lá...e eu sinto sempre muito a falta deles, apesar de me telefonarem tantas vezes.
Lá fomos no meu carro laurear a pevide.
Demos uma pequena volta para que ela ficasse a conhecer já que nunca tinha ido ao shoping. Comprei o livro na Fnac, saimos e a meio parei a olhar... e as lágrimas caiam-me em catadupa. Então vizinha? não fique assim, bateu a saudade da sua pequenina não foi? Claro...e se eu já não gosto de shopings...agora então fujo ainda mais! Mas já passou...embora passear!
Seguimos por Cascais e levei o senhor ao seu antigo trabalho. Reviu os amigos, tomamos um café e uma bela torrada à borlix e de os ver tão felizes eu fiquei ainda mais.
Porque irão embora dentro de dias, queriam ir almoçar fora, mas combinei para esta semana porque tinha o resto das tarefas, o que riram a bom rir!
Deixei-os aqui e fui ter com o meu genro. Já tinha arrumado quase tudo. Ajudei a pôr no contentor o que estava deteriorado e o que aproveitou meteu num saco que iria pôr na casa do pai, um bocado mais longe da dita garagem. A casa por enquanto ficará na mesma até ao dia em que o senhorio reclamar.
Entreguei-lhe o elástico e a dita caixa para o fato, porque hoje não ia ver netas senão lá se ia o desporto para o maneta e até porque ontem estive com elas.
Depois fui levar o livro à minha mãe e vim para casa.
Almoçei e estive a ver o desporto. A filha mais nova telefonou quando chegou do trabalho, estava tudo bem com ela e com o marido e os sogros iam lá jantar.
Comecei a fazer o jantar. Arroz de polvo e lembrei-me dela já que é vidrada no meu arroz de polvo.
Quando fui jantar é que reparei a dose que fiz. Caramba como os hábitos demoram a passar e onde eu estava com a cabeça? Sempre fiz jantar para as duas, mas de forma a dar para o meu almoço e para ela levar para o dela.
Um panelão, quando deveria ser uma panelinha. Cum caraças e bateu de novo a saudadezinha malandra mas gostosa porque sei que está bem, feliz e mimada por ele e pela familia dele o que me dá um grande conforto.
Telefonei e disse querem arroz de polvo? venham buscar.
Oh mãe não gozes, com este temporal? Amanhã estou de folga se quizeres vem até cá!
Daqui até lá é uma hora e um quarto e outro tanto para cá e pelos horários de ambos só lá vou de tempos a tempos.
Amanhã não posso, vou levar a tua avó ao médico.
Leva à mana e à avó...ah mas eles não gostam!
Não te preocupes filha que eu cá me arranjo e sabes que não gosto de estragar comer.
Fiz uma dose e levei a este casal que adoro.
Fiz outra e levei à minha amiga e vizinha, mas oh que pena, não estava!
Fiz outra num prato descatável com talher e tudo e fui levar ao jovem que, pela quinta vez fugiu do "acolhimento" e voltou uma vez mais ao vão da escada do prédio aqui perto.
Congelei três doses. Jantei e tenho almoço para amanhã.

Já escondi a panela grande, porque o hábito pode-se repetir e lá ando a comer o mesmo durante uns dias.

A vossa sorte é não morarem aqui perto senão levavam com o arroz da Fatyly.
Solto a maior gargalhada do mundo e penso que sou mesmo parva e taralhoca não concordam?