quinta-feira, junho 28, 2007

DESAFIO - No 52...já ninguém mora!

proposto pelo Finúrias


"No 52...já ninguém mora !"


















Eu sentia que havia algo de anormal contigo, apesar de todos que te rodeavam dizer que eram coisas da minha cabeça.
Não, não era e pus-me a caminho onde as portas foram abertas. Depois de seis longas horas bem penosas, rodeada por oito médicos, ironicamente 52 vezes picada teria que aguardar pelo veredicto: se o que tinha sido descoberto fosse através do sangue, não haveria nada a fazer, se fosse através das urinas teríamos mulher.
Eras tão pequenina, tão indefesa e na saída sentei-me no último degrau de uma escadaria sem fim. Chorei e as minhas lágrimas molharam o teu rosto acalmando o teu gemer já que os teus bracinhos e calcanhares ficaram numa lástima!

Apesar de não ter dormido durante quatro dias e quatro noites e agarrada à esperança de que tudo iria dar certo, esperava o alô dos vários contactos que dei. Trabalhei o dobro porque é no trabalho que carrego baterias.
Ainda hoje é tão nítido o teu olhar meu amigo: Fatyly telefone...é para ti mulher e ainda hoje sinto o teu abraço por trás enquanto ouvia a frase mais bela que ouvi: venha amanhã de manhã, porque vamos ter MULHER! Desliguei, rodei e foi no teu peito que dei vazão a tanta dor sufocada e em peso a secção, advogados e directores envolveram-me numa bola humana!
A família emudeceu porque viram que eu tinha tido razão. Os meus pais foram os únicos que estiveram sempre presentes. Para os exames e vistorias estava no hospital às 6 da manhã e o meu pai era quem ia buscar a neta ao Rossio e a trazia para o infantário.
Da boca do pai nunca ouvi uma palavra amiga ou de força, nunca me acompanhou ao hospital, talvez tenha sido a forma que encontrou para o seu sofrimento interior. Nunca soube!
Mas para ela ainda hoje o avô é recordado como o pai presente mas ausente que teve.
Nunca faltei, mas se entrasse depois das onze, perdia o direito ao subsídio de almoço. Ao meu chefe (já falecido) devo os 15 ou 20 minutos que chegava atrasada.
Foram doze anos bem penosos onde a maioria dos exames eram feitos bem perto do hospital, ironicamente no nº. 52.
Tudo foi ultrapassado porque eu venci, tu venceste, eles venceram.
Hoje, apesar de "baixinha" és linda e a segunda flor mais bela do meu jardim! És o amor do teu amor que é tão alto como alto é o teu sentido de simplicidade ao enfratares a vida.
Voltei à rua que tantas vezes foi molhada por lágrimas e parei naquela porta que tão bem conhecia e com a mão pousada na mesma não me contive e chorei de olhos postos sei lá onde.
Senti uma mão no meu ombro...desculpe minha senhora...no 52... já ninguém mora!



(Escrevo sempre na primeira pessoa e este caso real foi-me muito difícil porque as lágrimas caiam pela cara abaixo e mal via as teclas. Levantei-me várias vezes para respirar fundo.
Um dias destes irei ter com o chefe da equipe que salvou a minha filha e trazer o enorme dossier que está guardado para mim)

Agora vou até à praia, porque estou de folga (gargalhadas)

quarta-feira, junho 27, 2007

PRÉMIO - Blogue Com Grelos







A menina ivamarle
resolveu premiar-me com este prémio, que desde já agradeço e retirei do seu espaço a finalidade do mesmo que foi criado por MartaF (que desconheço o que desde já peço desculpas já que não consigo ir a tantos blogues como gostaria de ir):

"O blogue com grelos premeia mulheres que, na sua escrita, para além de mostrarem uma preocupação pelo mundo à sua volta ainda conseguem dar um pouco de si, dos seus sentires e com isso tornar mais leve a vida dos outros.
Mulheres, mães, profissionais que espalham a palavra de uma forma emotiva e cativante.
Que nos falam da guerra mas também do amor."

Com o molho de grelos na mão, olhei para eles e pensei: ahhhhhh Fatyly se há 30 atrás tivesses oportunidade de os ter pela certa teria sido um dia a menos de fome, mas como águas passadas não movem moinhos...prémio é prémio e falemos de coisas mais alegres.

Sou mulher, mãe, sogra, avó, reformada, empregada de limpeza de escadas, trolha, electricista, doméstica, varredora da rua e tratadora das quatro árvores novinhas na frente do meu prédio (também não abuso porque cada um deveria fazer o "dever cívico" lhes compete e nunca esperar pelo pobre varredor que leva com a carga da falta de civismo), doutorada em sopinhas, dodots, chuchas e cenários do faz de conta onde existe uma história sem fim à vista, lutadora, guerreira e 100% positiva, sorridente e optimista, preocupada com tudo o que me rodeia, não sabia de todo, que por ter este espaço e comentar o que leio "tornava mais leve a vida do outros de uma forma emotiva e cativante falando da guerra e do amor".

Mas fiquei com um grande dilema e entendi pronunciar-me com a minha visão sempre de ir mais além e apelidada de "fura regras", num direito de igualdade sem feminismos absurdos.
O prémio dos tomates também premiou mulheres e mesmo sabendo que a escrita é predominantemente masculina, não concordo que este seja apenas para mulheres, porque em todos os prémios homens e mulheres misturam-se pelo que são, valem, fazem, dizem, escrevem e lutam.
Ponto final, parágrafo...travessão!

Como tenho que nomear cinco














o prémio vai para:

mfc
Francis
Bagaço Amarelo
LB
Finúrias
Peciscas

como não vão entrar na estatística, tomem lá os "grelos" e nomeiem as mulheres que entenderem!

sábado, junho 23, 2007

Vasculhando o MEU Sotão...

Uma prenda da Wind que tanto gostei:



















Em diversos lançamentos de livros de poesia, fui conhecendo pessoas que escreviam por aqui. Surpreendi algumas com uma lembrança das muitas que faço ao longo do ano e dias depois foram elas que me supreenderam. Duas delas:

Conheci a Fatyly
Há uns dias, por aí.
Brinquei-lhe no coração;
Logo me fez um poema,
De bordado e alfazema,
Tendo a amizade por tema
Com linhas de algodão…

Nestes laços e afectos
Nossos últimos trajectos,
Se cruzaram no caminho…
Gostei de a conhecer
Quero com ela manter,
Perfumes de rosmaninho.

Esta é minha permuta
Ao seu crochet e labuta,
Que evolui numa agulha…
Tiro da alma e caneta
Medidos por ampulheta,
Sons de pomba ,quando arrulha.

25/09/06
Mavilde Lobo Costa


À minha querida amiga Fatyly com muita admiração e carinho:

FALAR DE TI!...

Falar de ti, minha amiga poetisa
É desvendar mistérios da Natureza
É ir mais longe é sentir a beleza
Dum coração forte/suave que desliza.

Amiga, que me ofereceste um belo poema
Foi o mais lindo presente que recebi
É de algodão doce, porque veio de ti
E renda azul, forte, de beleza suprema

Pode não ser de cambraia nem de cetim
Mas com o teu toque parece um jardim
Com lindos malmequeres nele desenhados

Tem cogumelos, feito desenho de criança
Lembrando a maré brava que em ti descansa
D’emoção eu calo… Tenho os olhos molhados

Benilde Fontinha (2005)

Este também guardo com carinho, para além de ser de uma grande poetisa o que eu considero "popular", os nossos filhos cresceram juntos porque somos vizinhas e amigas há quase 30 anos

Fatyly

Um cravo amarelo tenho aqui
que apanhei no meu quintal,
para oferecer a Fatyly
poeta e amiga deste canal

Amigos assim
fazem parte da nossa vida,
a amiga Fatyly
é uma jóia ... querida

A todos estende a mão
com uma prova de carinho,
tem um grande coração
aqui lhe deixo um beijinho

Obrigado Fatyly
por seres minha vizinha
gosto muito de ti
e sou tua amiguinha.

Maria Custódia Pereira (Bia)

Mas...há surpresas/empatias/amizades que ficam para sempre, mesmo quando um oceano nos separa e esta é uma relíquia:

Duas solteironas tinham uma farmácia.
Um dia entra um homem e pede uma camisinha. Uma das mulheres pega a camisinha pequena.
- Não, é pequena, diz o homem.
Ela tenta um tamanho maior.
- Não, creio que ainda é pequeno.
A "moça" vai tentando até pegar a maior que tem no estoque.
Mas o cliente disse que não, que era pequeno.
Então a mulher grita:- Fatylyyyyyyyyyyyy! Este senhor precisa de uma camisinha ainda maior e não temos nada no estoque. O que eu ofereço?
E Fatyly responde: Casa, comida, roupa lavada e metade da farmácia!
O homem se assustou e disse: Nada disto senhoras, eu sou agricultor quero camisinhas maiores, para livrar os pipinos de uma praga.

Terê - 2003

sexta-feira, junho 22, 2007

Sem título












Serei sempre diferente neste areal escaldante e cinzento!

BOM SÁBADO














Tomem lá um beijo e façam-me um favor: SORRIAM!!!!

quarta-feira, junho 20, 2007

Fame...

Quem se recorda?



Uma série de 1980 que acompanhei com tanto gosto e voltei a rever há bem pouco tempo.














Gostava de todos mas Gene Anthony Ray, o Leroy marcou-me muito!

Morreu aos 41 anos, em Novembro de 2003, vítima de SIDA.

terça-feira, junho 19, 2007

Provérbio Chinês


















Mesmo que tenhas dez mil plantações, só podes comer uma tigela de arroz por dia.
Ainda que a tua casa tenha mil quartos, nem de dois metros quadrados precisas para passar a noite.

(Provérbio chinês)

domingo, junho 17, 2007

Vasculhando Sotãos...

open, close, play

Pega-se num cd da estante da sala e caminha-se, com ele balançando entre o polegar e o indicador da mão direita, até à cozinha. Open. A tampa da mini hi-fi abre tão devagar que parece que naquele momento cabia uma vida. Close. Play. Open, close, play: três passos que qualquer divorciado já deu. Open quando casou e acreditou que valia a pena, close quando se divorciou e acreditou que nada vale a pena, play quando começo a respirar a outra vez. Talvez valha a pena, pensa-se. Música vocal cigana do princípio do século já se espalhou pelos cantos da cozinha. Monocórdica, como uma tarde que se escreve involuntariamente só.
Open. Uma mulher é sempre open. Mesmo uma que se cruzou connosco num autocarro, e é tão bonita; levantou-se antecipadamente para sair depois dum túnel, e é tão bonita; foi batendo com o polegar no corrimão vertical em que tocou a campainha, e é tão bonita; olhou-nos de relance quando as portas abriram, e é tão bonita. Saiu: close. Era tão bonita.Play, o bicho continua em movimento tortuoso serpenteando a cidade. Com mais fome. Engole pessoas pela porta da frente e vomita-as pela porta de trás, sem ligar merda nenhuma à minha vontade de ter ficado estacionado no momento em que os nossos olhos se cruzaram, e ela era tão bonita. Os autocarros não estacionam, o tempo não estaciona, as relações também não. Vivemos e temos que decidir tudo em andamento. Open, close, play. Open, close, play...
Se eu lhe pudesse dizer alguma coisa era open. Agradecia-lhe a existência e ter-se cruzado comigo neste mundo tão povoado, e de me ter povoado a mim. Tanto, ainda que pouco. Que eu sou um cais, pois, onde a fugacidade se atraca com a força dum navio petroleiro. Pois sou: um cais deserto onde à noite vou fumando as nuvens que poluem o horizonte, desenhando-a hirta, batendo com o polegar ao ritmo duma música qualquer. Uma música qualquer? Não, talvez uma música cigana, vocal e monocórdica, que se espalha em momentos involuntariamente sós. Open, Close, Play.

Publicada por bagaco amarelo (27/01/2007)


Conversas de











Quando se vai ao cabeleireiro já temos de ouvir as conversas de quem nos lava a cabeça, de quem corta ou faz o brush e ainda e a mais importante, a da manicure. Ao sábado temos ainda de ouvir a conversa de toda a multidão que lá se junta.

Senhora jovem - Não sei como há mães que conseguem pôr os filhos no infantário. Eu não conseguía!
Manicure - Se calhar precisam de trabalhar
Senhora - Essas mulheres não estão para aturar os filhos
Manicure - A Senhora pode ficar em casa, mas há mulheres que não podem
Senhora - Querem é despejar os filhos
Manicure - Mesmo que queiram não podem ficar em casa
Senhora - Deixei de trabalhar para poder ficar com o meu filho!
Manicure - Tomara a mim poder ter ficado mais tempo com a minha filha! não pude.
Senhora - Isso é a D. Fátima. Mas há outras que não qurem ficar em casa. Acham pouco.
Ficar em casa para educar os filhos é uma obrigação sagrada
Manicure - Estudaram e querem trabalhar...
Senhora - Se querem ter filhos não têm esse direito
Manicure - Eu quero que a minha filha estude para ter um emprego melhor do que o meu
Senhora - Então não quer ser Avó?

anotado por marta (2006)

quinta-feira, junho 14, 2007

Desafio- 4 Momentos de um Dia

proposto pelo Finúrias


Como não tenho máquina fotográfica nem telélé XPTO estas fotos são do google,

Fui até à Praia Grande que estava assim!
















Passeando à beira mar, começou a













No regresso fui ao







e subindo escadas infindáveis ...

quarta-feira, junho 13, 2007

Solamente Una Vez






é pedir muito?

terça-feira, junho 12, 2007

Um pensamento meu!











Abri as minhas mãos e VOEI!

domingo, junho 10, 2007

Rolland Garros - 2007











Rafael Nadal é tricampeão de Roland Garros, igualando o sueco Bjorn Borg que venceu em 1978, 1979 e 1980.

Roger Federer não conseguiu obter o único título que falta no seu vasto palmarés!

e Justine Henin a vencedora

10 de Junho - Dia de Portugal e Camões











Cada cabeça sua pátria no Dia de Portugal e de Camões

Não posso deixar de concordar, porque cada vez mais, Portugal é um país que desvaloriza o que vai no seu "eu", já que os "cérebros deste país " a todos os níveis e de todas as áreas seguem a sua carreia lá fora usando Portugal como uma instância de férias!

Com a realidade em que vivemos, julgo que até Camões já perdeu a pala e rasgou várias folhas dos Luziadas!

terça-feira, junho 05, 2007

Fuga...


















(foto do google)


Sinto uma leve aragem
galopando sem destino
o que me dá coragem
a seguir o meu caminho!

Quem se Recorda?

Quem se recorda?

sábado, junho 02, 2007

BOM DOMINGO

O Mare e Tu - Andrea Bocelli e Dulce Pontes


sexta-feira, junho 01, 2007

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

Sabias que o primeiro Dia Mundial da Criança foi em 1950?



Esqueçamos TUDO neste dia que é tão nosso e vamos





















e porque não custa nada dá-me muitos beijinhos, carinhos e abraços que eu retribuo em dobro e com o meu maior SORRISO!